sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Semana de Formação do CEJA

A Assistente Técnica Pedagógica do CEJA, Sandra Regina Medeiros Romansini trabalhou com os seus professores na Semana de Formação os dois textos abaixo. O dia de Formação iniciou com a música Tempo Rei – Gilberto Gil. Em seguida, foi lido o texto: O papalagui não tem tempo (texto de um indígena da Polinésia que avalia nossa forma de apropriação do tempo). Foi exibido o vídeo: História das Coisas – Consumismo e também foi trabalhado o texto Projetos Integrados. E o fechamento foi feito com o texto Reflexões sobre o Tempo na Sociedade Contemporânea.
A Sandra é uma pesquisadora que mui contribuirá conosco. Essa publicação é uma sugestão que vocês também poderão estar desenvolvendo com os seus professores. Caso haja necessidade entrem em contato com ela.

Texto I

PROJETOS INTEGRADOS DE EDUCAÇÃO


Artigo: Sandra Regina Medeiros Romansini Agosto 2009

É corrente nas instituições escolares hoje, a discussão a cerca da aplicação da metodologia de projetos como mais uma maneira de facilitar aos educandos a aquisição dos conhecimentos curriculares. Segundo Jorge Santos Martins em sua obra, O trabalho com projetos de pesquisa do ensino fundamental ao ensino médio, a metodologia de projetos está voltada a propiciar uma educação mais efetiva e, portanto, atendendo as necessidades educacionais atuais. As necessidades atuais de educação, aliás, vão, na direção do que há muito dizia Paulo Freire (pg. 23): “A pedagogia da pergunta deve substituir a pedagogia da certeza, dos saberes pré-pensados, das verdades definitivas”. E ai entra a pesquisa. É através dos projetos de pesquisa que os alunos, sob a orientação da professora, fazem perguntas, levantam hipóteses, problematizam em torno de alguma questão que seja relevante na comunidade em que os educandos estão inseridos.
Para reforçar ainda mais a necessidade de uma metodologia como a de projetos de pesquisa para adentrarmos num fazer pedagógico que transcenda o repasse de conhecimentos pré-pensados, lembramos a você colega professor, que a Unesco, assenta a educação sob 4 pilares para um mundo em transformação. O aprender a Ser, o aprender a Viver Juntos, o aprender a Fazer e o aprender a Conhecer. Pilares estes que estão contemplados também na nova Lei de Diretrizes e Bases do MEC, artigo 32, incisos I a IV. E a pesquisa, o contato direto desde cedo com os problemas que afligem as comunidades em um primeiro momento (o mais próximo), aos problemas mais complexos de um país e do mundo em geral, podem ser pensados e podem ser levantadas possibilidades de resolução dos mesmos, favorecendo o senso crítico e a construção de uma cidadania mais efetiva.
Martins ( pg.41 ), em sua obra, coloca que seja trabalhado o tripé: curiosidade, investigação e descoberta, como forma de se ter bons resultados com a metodologia de projetos. Para ele:
“ A curiosidade, despertada pelo professor, leva ao desejo de conhecer melhor o assunto a ser investigado. A investigação devidamente orientada pela aplicação de procedimentos sistematizados destina-se a levar o aluno a explorar o assunto pela leitura, entrevistas e pela observação da realidade. E ainda para o autor, o prazer da descoberta é a maior realização do prazer cultural e da satisfação do aluno em, por ele mesmo atingir o conhecimento desejado. E ainda, submetido a essas técnicas de ensinar, a ver e estudar as coisas, ele nunca mais esquecerá os conhecimentos adquiridos” (pg.39). E esse é o verdadeiro objetivo da pesquisa, colaborar para que o aluno supere a condição de “massa de manobra” para se transformar em agente da própria aprendizagem. (pg.39).
Cabe aqui uma importante observação de Martins. Ele recomenda que a escola que queira implantar este tipo de ensino aprendizagem deve se convencer de que este trabalho não pode ser realizado de forma empírica ou intuitiva, mas sim de forma muito bem planejada. É importante não nos esquecermos que enquanto escola devemos trabalhar dentro dos princípios científicos. Para que nosso trabalho tenha validade precisamos estar sempre respaldando nosso trabalho – a pesquisa e seus métodos, bem como, os resultados, nos autores, isto é, devemos sempre embasar nossa prática em referencial teórico.
Um outro ponto muito importante a ser lembrado é a ética na pesquisa. Jamais devemos manipular os dados para respondermos nossos questionamentos, ou as hipóteses levantadas. Nossas questões problemas podem ser modificadas no decorrer da pesquisa. Talvez as respostas, tanto do referencial teórico, quanto das entrevistas, ou dos levantamentos de dados de jornais, venham na contra mão do que esperávamos. Temos então que trabalhar com os dados que obtivermos. Precisamos também ser éticos com nossos e entrevistados. Eles devem ser informados da pesquisa, eles têm o direito a manter seu nome sob sigilo. O entrevistado deve obter ao final do trabalho uma resposta, ou acesso ao resultado final do trabalho de pesquisa. Se for uma comunidade envolvida, esta terá direito a uma cópia do trabalho final.



REFERENCIAL TEÓRICO


MARTINS, Jorge dos Santos. O trabalho com projetos de pesquisa do Ensino Fundamental ao Ensino Médio.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido.

Texto II

REFLEXÕES SOBRE O TEMPO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Sandra Regina Medeiros Romansini - Setembro 2009

Penso que você leitor em pelo menos algum momento de sua vida já teve a sensação de não ter tempo suficiente para fazer tudo o que deseja. É como se de repente o dia não tivesse mais 24 horas. Tem-se a impressão de que a hora, a semana, o mês e até os anos passam mais rápido do que quando éramos crianças. Tal sensação, no entanto, não é compartilhada por um nativo que mora numa ilha da Polinésia, por exemplo. Para o índio Tuavi, que esteve por anos viajando pela Europa a sociedade européia e sua relação com o tempo é equivocada. Tuavi diz em seus depoimentos que o papalagui (homem branco) diz muita tolice sobre o tempo. Afinal não existe mais tempo do que aquele que vai do nascer ao pôr do sol. Mas porque tantas discussões acerca do tempo? Qual a razão da importância do tempo nos dias atuais especialmente na sociedade ocidental?
Ocorre-me neste momento, no intuito de responder minha própria indagação, a imagem dos espanhóis se instalando na América Central, se adonando do território, submetendo a cultura nativa à cultura européia. Estou falando precisamente de dois gestos aparentemente inocentes, mas, que fez toda a diferença no modo de vida de quem habitava estas terras, a construção da Igreja e a colocação do sino. A igreja para “catequizar, amansar”, fazer o povo nativo submeter-se aos interesses do colonizador. O sino também fazia parte deste arcabouço de novas tecnologias trazidas pelos europeus no sentido da colonização. O badalar do sino indicava à hora do trabalho. Lembrem que o indígena trabalhava apenas para a sobrevivência, já o homem branco além da sobrevivência, tem por política o acúmulo de bens.
É exatamente pela vontade de acumular que o tempo passou a ser muito importante para os ocidentais, sobretudo após a Revolução Industrial do século XVIII. Daí a expressão “time is money”, isto é, tempo é dinheiro. Cada momento que se tem deve ser usado para produzir bens. E vem então a “culpa” judaico cristã, se estou sem fazer nada estou pecando. Aliás, era comum há tempos atrás se aliar o trabalho a Deus e o ócio ao diabo. Quem não lembra da célebre frase: ganharás o pão com o suor do teu rosto? Era a religião criando uma moral do trabalho, auxiliando as elites dominantes no papel da sedução dos fiéis à idéia do enriquecimento através do trabalho, o que nem sempre é verdadeiro. Afinal quanto nossos avós, pais e mesmo nós trabalhamos e não enriquecemos? E vem ainda outro questionamento, precisamos enriquecer? Por que o indio Tuavi se relaciona de forma diferente de nós com o tempo?

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Vamos formar um Conselho dos ATPs!?
Amanhã e sexta-feira estarei em Balneário Camboriú, no Curso de Capacitação do Módulo Competências Básicas do Programa Formação pela Escola.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Artigo publicado no Jornal A Tribuna – 31/07/2009

O CURRÍCULO “OCULTO” E O IDEB
Rosilda Mara Rodrigues Moroso (Sissa) – Pedagoga /Especialista em Psicopedagogia/Assistente Técnico Pedagógico na E.E.B.PROF PEDRO DA RÉ - CRICIÚMA/SC

Já estamos no segundo semestre e logo vai começar as provas do MEC: Provinha Brasil, Prova do SAEB, ENEM, ENSEJA, as Olimpíadas da Matemática e as escolas precisam preparar seus alunos para esta realidade.
Existe uma meta do Ministério da Educação para que o IDEB do Brasil melhore a cada ano, pois temos que chegar ou igualar a media 6,0, igual aos países desenvolvidos. Nas escolas particulares, que já vivem na concorrência por mais clientes e melhores classificações nos vestibulares, agora fazem até cursinho para melhorar as notas do ENEM. Enquanto as escolas públicas fazem de tudo pra tentar melhorar a sua qualidade de ensino.
Todas as escolas têm seu currículo, que na sua etimologia quer dizer corrida, um caminho a ser realizado. As escolas seguem seu currículo descrito nos planejamentos, para ensinar os conteúdos “historicamente acumulados” como referência para a reprodução do conhecimento. Mas infelizmente, temos o currículo oculto, que aparece todos os dias na realidade das escolas e que precisa ser trabalhado, até para melhorar as relações dentro das unidades escolares.
Temos ainda as relações de poder na escola, a falta da tal democracia, a questão de gênero e da violência, tão presentes nas escolas. Os professores precisam colocar como conteúdo a realidade dos seus alunos, não adianta correr com o conteúdo escolar, se o aluno precisa é entender como resolver seus conflitos pessoais, como entender os valores de “quem pode mais chora menos”, tentar diminuir a marginalidade, os problemas ambientais e a falta de valores nesta sociedade atual.
Outro dia, uma professora mandou pesquisar na Internet os conceitos de fraternidade, honestidade, lealdade e os alunos não encontraram, pois estes valores devem ser aprendidos na família e utilizados pela escola na prática, não se acha estes conteúdos por aí, tem que vivenciar.
A escola deve parar de dar conteúdos supérfluos, falar de heróis como Zumbi e não só de Tiradentes, ensinar bem as quatro operações de fato e não só como usar a calculadora, ensinar a escrever e não somente copiar. Com o acordo ortográfico fica mais difícil, não de ensinar os alunos que ainda pouco sabe de gramática, mas de mudar a forma de escrever dos educadores.
As formas de avaliação nas escolas devem mudar, porque os questionários não levam a nada, as questões atuais são problematizas e com aspectos dos conhecimentos do dia-a-dia. As questões de matemática são simplesmente interpretação da realidade e quem não discute na escola questões da atualidade não sabe responder questões simples da vida.
Tudo que é novo gera insatisfação, pois temos aversão à mudança. Nossos alunos não são mais os mesmos e os professores precisam dar conta disso. Se todos entenderem o currículo oculto e tentarem colocar dentro dos conteúdos curriculares, será muito melhor nossa educação, pois com o ENEM e os vestibulares requerem a mudança na forma de dar aula, pois a prova é relacionada com a realidade, se a escola quiser melhorar seu IDEB, precisa mudar seu currículo e a sua prática pedagógica, pois uma coisa é trabalhar na sala de aula os temas descontextualizados, outra são os conteúdos que preparam para a vida, para sempre.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Tristeza

A nossa amiga Isabel Meller da GERED partiu... foi ontem por volta das 14h30min nos braços de sua mãe. O velório acontece na Capela Mortuária do Cemitério Municipal e o sepultamento será hoje às 15h30min no mesmo local. Vamos prestar nossa homenagem a essa guerreira!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Logo teremos um curso de 5 dias. Será nos dias 01 e 02 de outubro, 22 e 23 de outubro e 25 de novembro. Agendem essas datas!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

REVISTA NOVA ESCOLA

Bernard Charlot: ensinar com significado para mobilizar os alunos

O pesquisador francês investiga na prática como os alunos se relacionam com o saber

Há 40 anos, vertentes da Sociologia analisam a relação entre o desempenho escolar de uma criança e a classe social que seus pais ocupam. Boa parte das considerações aponta que alunos de camadas populares têm menos chances de ser bem-sucedidos nos estudos do que os jovens de classe média. Mas como explicar um estudante de família desfavorecida que se sai bem na escola? E o aluno de família abastada que fracassa em sua trajetória escolar? Pesquisador francês radicado no Brasil, Bernard Charlot se voltou para essas questões na década de 1980, ainda em Paris, e trabalhou em um conceito que explica de maneira mais abrangente e menos preconceituosa histórias de sucesso e de fracasso escolar: a relação com o saber. Essa é uma condição que se estabelece desde o nascimento, uma vez que "nascer significa ver-se submetido à obrigação de aprender", escreveu Charlot. A condição humana exige que seja feito um movimento, "longo, complexo e nunca acabado", no sentido de se apropriar (parcialmente) de um mundo preexistente. Essa apropriação obrigatória desencadeia três processos: de hominização (tornar-se homem), singularização (tornar-se exemplar único) e socialização (tornar-se membro de uma comunidade). O ato de construir-se e ser construído pelos outros é a própria Educação, entendida de forma ampla, em situações que ocorrem dentro e fora da escola. É por meio de suas experiências que a criança toma contato com as muitas maneiras de aprender. Ela pode adquirir um saber específico, no sentido de compreender um conteúdo intelectual (a gramática, a Matemática, a história da arte etc.), pode dominar um objeto ou uma atividade (como caminhar, amarrar os sapatos, nadar etc.) e pode aprender formas de se relacionar com os outros no mundo (saber como cumprimentar as pessoas, ter boas maneiras à mesa etc.). Nesse ir-e-vir da relação com o mundo, com os outros e consigo mesmo, toma forma o desejo de aprender. É esse desejo que propulsiona a criança em direção ao saber. Em pesquisas de campo, Charlot e sua equipe identificaram que esse "direcionar-se para o saber" pressupõe um movimento de mobilização - e não simplesmente de motivação. "O conceito de mobilização se refere à dinâmica interna, traz a ideia de movimento e tem a ver com a trama dos sentidos que o aluno vai dando às suas ações", explica Jaime Giolo, professor titular da pós-graduação em Educação da Universidade de Passo Fundo (UPF) e estudioso do pensamento de Charlot. "A motivação, por sua vez, tem a ver com uma ação externa, enfatizando o fato de que se é motivado por alguém ou algo."
BiografiaDe Paris a Aracaju, atrás de pistas sobre o ensino
Bernard Jean Jacques Charlot nasceu em Paris, em 1944. Formou-se em Filosofia em 1967 e, dois anos depois, foi lecionar Ciências da Educação na Universidade de Túnis, na Tunísia. De volta à França, em 1973, trabalhou por 14 anos na Ecole Normale, um instituto de formação de docentes. No período de 1987 a 2003, atuou como professor catedrático da Universidade de Paris 8, onde fundou a equipe de pesquisa Escol (Educação, Socialização e Comunidades Locais), voltada para a elaboração dos elementos básicos da teoria da relação com o saber. Após se aposentar, veio para o Brasil. Como professor-visitante da Universidade Federal de Mato Grosso, seguiu fazendo pesquisas até ser convidado para ser visitante na Universidade Federal de Sergipe, em Aracaju. Desde 2006, é lá que coordena o grupo de pesquisas Educação e Contemporaneidade, engajado em delinear as relações com os saberes e explicitar de que forma os alunos se apropriam deles.
Ensinar com significado para mobilizar os estudantes Como acionar nos alunos mecanismos de interesse pelo saber? Como notar que relação os estudantes estabelecem com o saber escolar? Segundo contou o próprio Charlot em entrevista a NOVA ESCOLA de Aracaju, cidade onde mora atualmente, suas pesquisas ainda devem uma resposta mais completa para essas perguntas, principalmente quando o olhar se volta para alunos de periferias - na França, na Tunísia, na República Tcheca ou no Brasil, países em que ele coordenou estudos. O que se sabe é que, quanto mais significativo for o que está sendo ensinado, mais o aluno se põe em movimento, se mobiliza para se relacionar com aquele conteúdo. Mas essa situação, que seria a ideal, não é a predominante. Os estudos de Charlot apontam que a maioria dos estudantes - quase 80% deles - só vê sentido em ir à escola para conseguir um diploma, ter um bom emprego e ganhar dinheiro e levar uma vida tranquila. Nesse discurso, não há a menção ao fato de aprender. "Esses jovens que ligam escola e profissão sem referência ao saber estabelecem uma relação mágica com ambos. Além disso, sua relação cotidiana com o estudo é particularmente frágil na medida em que aquilo que se tenta ensinar a eles não faz sentido em si mesmo, mas somente em um futuro distante", define o pesquisador.
Os caminhos de CharlotUm passo adiante na Sociologia da reprodução
O estudo da relação do homem com o saber não é novidade. Com outras denominações, Bernard Charlot vê o assunto atravessar a história da Filosofia clássica, desde Sócrates (469-399 a.c), que disse "conhece-te a ti mesmo", passando por René Descartes (1596-1650) e a formulação da dúvida metódica, até chegar em Hegel (1770-1831) e sua visão de que novos conhecimentos se constroem com base em antigos. Porém é nas décadas de 1960 e 70 que a expressão "relação com o saber" e outras derivadas podem ser encontradas em maior quantidade nas produções de psicanalistas e sociólogos. Em 1970, por exemplo, Pierre Bourdieu (1930-2002) e Jean Claude Passeron usaram no livro A Reprodução termos como "relação com a linguagem" e "relação com a cultura". Mas é Charlot que faz um novo recorte e se volta para o saber nas classes populares. Ele sai do discurso mais teórico para encontrar elementos de compreensão da trajetória escolar de crianças de periferia. Nessa proposta, o sujeito, com seus desejos, ganha importância. Charlot assume para si o pressuposto de que os indivíduos não são simples objetos de pesquisa, mas agentes capazes de subverter a lógica dominante, mesmo que o façam localmente e com o simples intuito de melhorar um pouco o modo de vida.
No caso desses estudantes, o professor Jaime Giolo avalia que se estabelece uma relação mecânica, quase de indiferença, com o saber. Recuperar o sentido do aprender e o prazer em estudar está entre os desafios de hoje. A atividade escolar precisa se apresentar de forma significativa, prazerosa, para merecer o esforço intelectual dos alunos no sentido de se apropriar de diversas porções de saberes produzidos pela humanidade. Não há uma receita pronta para isso. O que não basta para Charlot é dar a situação por resolvida ao justificar o desinteresse ou o fracasso de alunos por causa da classe social da família ou das carências culturais inerentes à origem deles. Segundo o francês, pensar de maneira determinista lança uma leitura negativa sobre a realidade. Em vez disso, ele sugere uma leitura positiva do indivíduo, levando em conta sua história de vida, seus desejos e suas atividades cotidianas.
BIBLIOGRAFIA
A Mistificação Pedagógica - Realidades Sociais e Processos Ideológicos na Teoria da Educação, Bernard Charlot, 314 págs., Ed. Zahar, tel. (21) 2108-0808 (edição esgotada)
Da Relação com o Saber - Elementos para uma Teoria, Bernard Charlot, 96 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 38 reais
Os Jovens e o Saber - Perspectivas Mundiais, Bernard Charlot, 152 págs., Ed. Artmed, 38 reais
Relação com o Saber, Formação dos Professores e Globalização - Questões para a Educação Hoje, Bernard Charlot, 160 págs., Ed. Artmed, 40 reais
Vamos compartilhar idéias, informações, textos, fotos, vídeos, etc. Fazer deste espaço uma possibilidade de intelectualizar e elitizar o nosso grupo.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Um espaço interativo que objetiva a socialização entre os Assistentes Técnico Pedagógico da AMREC.